quinta-feira, 23 de agosto de 2007

HERESIAS DERIVADAS DA DOUTRINA DO DÍZIMO
HERESIAS DERIVADAS DA DOUTRINA DO DÍZIMOSalvação comprada pelas obras. Um dos problemas a se enfrentar quando adotamos a doutrina do dízimo, é que temos de adotar também a doutrina da salvação pelas obras. Porque todas as vezes que afirmamos que dizimar é obrigatório, estamos afirmando que é indispensável, e, à sorrelfa anulamos a doutrina da salvação pela fé estabelecendo a prática do dízimo como uma obra de complemento. Ou seja, de nada adianta, alguém observar as recomendações doutrinárias estabelecidas por Cristo, que é o fundamento dos apóstolos e dos profetas segundo EF 2:20 - Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Se não cumprirmos com a obrigação de dizimar, estamos roubando, segundo a doutrina da obrigatoriedade do dízimo; permanece culpado e condenado todo aquele que crer e for batizado e não dizimar. No entanto o que Jesus ensinou é bem diferente: MC 16:15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. MC 16:16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. JO 3:18 - Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. JO 3:19 - E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Podemos observar nestes poucos versículos, que a condenação permanece sobre àqueles que não crêem, porque não amam a luz que é Cristo e sua obra (sacrifício) no calvário, procuram estabelecer suas próprias obras as quais são nulas, (más). Para compreender quão terrível é esta heresia da doutrina do dízimo, leia estas afirmações de Paulo: EF 2:8 - Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. EF 2:9 - Não vem das obras, para que ninguém se glorie; GL 2:16 - Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Fica explicitamente caracterizada a heresia da salvação por meio de obras, fundamentada na sua heresia mãe, a doutrina da obrigatoriedade do dízimo. Já expliquei, que, a obrigatoriedade não consiste exatamente numa ordem verbal expressa, porém, numa série de condições impostas que implicam em resultados iguais e de maior eficiência! Alguém dirá: Não ensino a ninguém que é obrigado dá o dízimo, digo apenas que quem não dá o dízimo é ladrão, e ladrão vai pro inferno, não pode participar da ceia nem exercer cargo algum na igreja. – Precisa obrigar? Você não é obrigado, mas, ou você dá e têm a salvação comprada, ou não dá e vai pro inferno. Não é obrigado?! Segundo este conceito, a obra do dízimo é quem compra a salvação, e não a obra de Cristo no calvário. Caracteriza então a Heresia.Simonia – compra dos dons. Os defensores da doutrina do dízimo conseguem recrutar os seus grupos de “obreiros” que cegamente os veneram, levando-os ao ponto de se submeterem ao pagamento do dízimo como garantia de que estarão qualificados para assumirem os postos de diácono, presbítero, evangelista e pastor. Certamente que as qualificações para estes postos, não estão baseadas, nesta prática de dizimar, e sim, numa chamada diretamente de Deus como podemos observar em HB 5:4 - E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão. Mesmo na escolha de um sucessor de Judas Iscariotes, os apóstolos tiveram o cuidado de confirmar o que Deus escolhesse conforme AT 1:21 - É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, AT 1:22 - Começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. AT 1:23 - E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. AT 1:24 - E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, AT 1:25 - Para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. AT 1:26 - E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos. Pelo menos três verdades extraímos deste texto. a) Havia dois candidatos qualificados conforme os critérios estabelecidos pelos apóstolos. b) Apenas um era o escolhido por Deus, e os apóstolos não tinha autoridade para escolher, e sim, o dever de aceitar o escolhido. c) O texto não faz menção seque de uma única gota de azeite naquele evento. Pois bem, é de se estranhar o contraste existente entre a teoria do dízimo como base para a consagração de obreiro visto que o Senhor é quem escolhe, quem chama e quem dá esses dons. Confere: EF 4:11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores. Ensinar que quem não dá o dízimo não pode ter um destes dons, é patentear uma heresia diabólica que parece mais com os conceitos de Simão. Veja: AT 8:18 - E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, AT 8:19 - Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. AT 8:20 - Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Como vimos, a busca frenética por posição na igreja, é que induz a tais heresias, como, taxa de consagração, anuidade da convenção e etc. E, como tais obreiros são confirmados por ônus do Dízimo, quando estes falham logo são desconsagrados ou desungidos. Porem a unção bíblica é diferente. 1JO 2:20 - E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo. 1JO 2:27 - E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis. Está claro que não se pode comprar o que é um dom de Deus, e o mais é heresia.Excomunhão. Obviamente não existe no âmbito espiritual, um meio de se separar do amor de Deus um redimido. Mas, como indivíduos suscetíveis a erros, estamos sujeitos a nos separamos da comunhão com Deus. No entanto, precisamos entender que, nenhuma ação externa de terceiro, ou terceiros, será decisivo nesse processo. Portanto, o fato de alguém que se julga um líder espiritual, dá mão de versículos como: Mateus 18:18 - Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.MT 18:19 - Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Usar estes versículos isolados do texto para excomungar alguém, é abusivo por si só, portanto não há porque temer. Ora, se não houvesse critérios para o uso destes versículos, porque esperar alguém se reunir e me excluir se eu posso fazer isso primeiro relativamente a ele? Visto que a Bíblia nos alerta muitas vezes a não temer o homem, e em contra partida nos alerta constantemente sobre o pecado, o único que pode nos separar (excomungar) de Deus conforme lemos em IS 59:1 - EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. IS 59:2 - Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.Conhecendo esta realidade sobre o elemento da excomunhão, não devemos temer o que for decidido em reunião por dois o três indivíduos, que apenas por capricho ou vaidade, nos queira desligar do Céu. Pois a nossa comunhão não está baseada nem fundamentada em conceitos de santidade de terceiros, e sim, na luz da verdade do ponto de vista bíblico conforme JO 1:7 - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. 1JO 2:1 - MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. 1JO 2:2 -E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. É de fato seguindo estes princípios que estaremos seguros de que nenhum elemento externo nos poderá separar (excomungar) de Deus. RM 8:35 - Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?A teologia dos dizimistas se coloca em contradição com todos estes princípios aqui observados. Pois atribui como causa de todos estes males descritos acima, o não pagamento do dízimo, e o fator principal da ausência destes males, à fidelidade em dizimar. Sendo assim os elementos externos tornam-se causas e fatores determinantes da nossa comunhão segundo esta teologia. Quando dizimamos estabelecemos nossa fidelidade e conseqüentemente a comunhão; ao contrário seremos infiéis, roubadores, e, portanto não temos comunhão e não devemos participar da ceia do Senhor. Mas como já vimos acima, esta doutrina herética vem disfarçada de virtude querer minar a nossa comunhão. A certeza da nossa comunhão será sempre firmada na palavra de Deus; MC 7:15 - Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem. 1JO 1:3 - O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. 1JO 1:4 - Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. 1JO 1:5 -E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Medite nesta verdade.Incentiva a Avareza. Vejo que se faz oportuno aqui, soar o clarim do alerta sobre este contraditório. A inércia, a morbidez, o sono profundo no berço da comodidade e da conveniência lucrativa e honorária da doutrina do dízimo devem ser dissipados pela trombeta da verdade! Conhecemos bem para onde aponta esse conceito de barganha, mola mestra da doutrina do dízimo: Para a avareza. No entanto conhecemos também dentre os mais terríveis pecados em que categoria ela se encontra; MC 7:21 - Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios,MC 7:22 - Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.1CO 6:9 - Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,1CO 6:10 - nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.EF 5:1 - SEDE, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;EF 5:2 - E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.EF 5:3 - Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos;EF 5:4 - Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças.EF 5:5 - Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. EF 5:6 - Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Estes textos já nos bastam como alerta sobre a avareza e o destino dos avarentos; bem como classifica o incentivo à avareza como palavras vãs, e os que a isso se entregam estão sob a ira de Deus e não herdarão o reino de Cristo e de Deus. Após uma observada nesta lista de pecados descritos nestes textos bíblicos, percebemos que a avareza não está identificada como pecado de menos importância ou gravidade. A avareza é sim, de gravidade tal quais são, todos estes outros aqui mencionados e, portanto, deve ser combatido de igual intensidade. Porque, então, isso não acontece? – Porque a falsidade ideológica, doutrinária, mercenária, herética e contraditória do toma lá dá cá, construiu o cabide do inferno, e nele penduram as instruções de como fazer brotar a raiz de todos os males: A avareza, o amor ao dinheiro. Sabemos que a raiz precisa de semente para vir a existir, e a avareza no meio cristão, e até fora dele, têm sua semente, o dízimo. Não discorde de mim antes de responder: Durante estes últimos três anos, quantas pregações você ouviu contra a avareza? E quantas tens ouvido de incentivo a prática do dízimo e oferta como meio de prosperidade? Se você tiver ouvido em cada um dos últimos três anos, uma mensagem que combateu a avareza com estes textos aqui citados, então discorde de mim. Mesmo assim vou continuar insistindo na certeza de que o incentivo à avareza não é um bom caminho. Continuemos a confiar no Senhor, pois independente do que temos para lhe ofertar em espera de recompensa, Ele cumprirá suas promessas. HB 13:5 - Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.LC 12:15 - E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.Certamente que a estratégia comercial que evolve essa doutrina do dízimo, é aplicada ao “consumidor” mediante análise prévia, sobre suas necessidades e o seu estado emocional, para lhes apresentar a “mercadoria” de acordo com o gosto do consumidor em busca de melhoras. Assim, os dois avarentos seguem satisfeitos. O vendedor, porque vendeu, o consumidor porque encontrou o “produto” que procurava. Seguem satisfeitos, porém enganados; 2PE 2:14 - Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;Por esta e por ENES razões recomendo você a rever seus conceitos sobre a avareza. HB 13:6 - E assim com confiança ousemos dizer: O SENHOR é o meu ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem. Nega a justificação pela fé. A doutrina da justificação pela fé, é sem dúvida a mais contraditada pela doutrina do dízimo. Visto que a fé é o meio do pecador alcançar a justificação em Jesus, desviar este meio para outros fins, é o propósito número um de satanás. Cientes desta realidade, o cristão não deve estranhar o fato de satanás usar instrumentos com pseudo-sagrado ou divino para o desviar do meio (fé) para outros fins; Mesmo que este instrumento com pseudo-sagrado, seja o dízimo. Quando aceitamos a doutrina do dízimo, de imediato colocamos a justificação pela fé em segundo plano, e desviamos o meio (fé) para outros fins (justificação pelas obras, qualificações, prosperidade e etc.); Devemos pois, rejeitar qualquer proposta que desvie o nosso meio (fé) para outros fins que não seja a justificação em Jesus. Confira: RM 5:1 - TENDO sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; RM 5:2 - Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. EF 6:16 - Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 1JO 5:4 - Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. GL 3:25 - Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. GL 3:26 - Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. GL 3:27 - Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Não há dúvida quanto à afirmação da doutrina do dízimo, quando diz que quem não dá o dízimo é infiel e está roubando; Isto é estabelecer as obras como auto justificação, e negar a justificação pela fé. Entretanto, essa afirmação é rejeitada e não tem apoio exegético dentro do plano de salvação messiânico, profético e apostólico que nos assegura o seguinte:HB 10:38 - Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. HB 10:39 - Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma . Estabelece a doutrina da hierarquia. A hierarquia na igreja é antes de tudo o instrumento de monopolização da fé como de toda a vida espiritual dos fies. Isso acontece porque usam textos bíblicos isolados dos seus contextos, para favorecer e fortalecer a idéia de governo legalista mosaico, de sacerdotalismo monárquico, que só é aceito no modelo do Antigo Testamento, onde a liderança espiritual era centralizada numa figura humana, o que difere em absoluto do modelo do Novo Testamento, onde todo governo espiritual se centraliza em Cristo como cabeça da Igreja, EF 1:20 - Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus.EF 1:21 - Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;EF 1:22 - E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja,... Não restando entre os membros lugar (es) para outra (s) cabeça (s), a única liderança que Cristo constituiu sobre a igreja, foi a serviçal. MC 9:34 - Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.MC 9:35 - E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos. O modelo de liderança na igreja de Cristo, é de fato compreendido dentro de uma analogia que retrata o trabalho prestado por um vigilante. O termo hebraico H)%pwf (sôpeh), é traduzido por “atalaia” em Ez 3.16, e skopo/v (skopos) da versão grega LXX. Comparando com éepi/skopov (episcopos), traduzido por “bispo” At 20.28. Estes dois textos expressam o que significa a liderança Cristã, que é, está debaixo da autoridade de quem o constituiu como servo, para um serviço específico de vigilante da propriedade, do Senhor, o dono do rebanho. Essa função não compreende autoridade dominante e tirânica hostil de servo sobre servos, com direito de lhes impor leis tributárias como o dízimo, é o serviço de um servo, prestado aos seus conservos. As recomendações de Pedro a esse respeito, alerta aos presbíteros para não esquecerem de que o rebanho é propriedade do Senhor, e que eles próprios também são rebanho, não devendo, pois, dominar nem exercer autoridade sobre ele por ganância mas servindo de exemplo. 1PE 5:1 - AOS presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:1PE 5:2 - Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;1PE 5:3 - Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.1PE 5:4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.Aqui, Pedro recomenda que a liderança seja feita não forçadamente, mas, voluntariamente, de forma que a prontidão de ânimo não dê lugar à ganância nem ao desejo de domínio sobre a igreja, mas servindo de exemplo. Resumindo tudo isso, o atalaia, vigilante, pastor, bispo, presbítero, líder é um serviçal a serviço dos seus conservo. Toda liderança deve ser observada dentro deste princípio bíblico, de outra maneira não devemos imitar a sua fé, mas, atentarmos para sua forma de viver. HB 13:7 - Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. O perigo que a ovelha enfrenta, é de ser devorada por um lobo. Por falta de atenção, a ovelha pode confundir o pastor com o mercenário apenas pela voz. Devemos, pois, atentarmos para a sua maneira de viver. A liderança só terá utilidade se for serviçal, do contrário, a obediência e sujeição a ela é um laço, e o serviço prestado por ela uma inutilidade triste e com gemido. HB 13:17 - Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. O princípio, doutrinário, apostólico, visto em I PE 5 e aqui em HB 13, velam pelo cumprimento às recomendações de Cristo: LC 17:10 - Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer. Diante desta verdade, que diremos, pois, daqueles que defendem a hierarquia estabelecida após o período apostólico? Hierarquia esta, que Jesus incisivamente combateu, ensinando de várias maneiras, que os Evangelhos sinóticos registram a mesma coisa. MT 23:8 - Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. MT 23:9 - E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. MT 23:10 - Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. MT 23:11 - O maior dentre vós será vosso servo. MT 23:12 - E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado MC 9:34 - Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior. MC 9:35 - E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos. LC 22:25 - E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os.que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. LC 22:26 - Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. A implantação da hierarquia é uma violação usurpadora ao Evangelho de Cristo, o único mediador e sumo sacerdote. Os versículos que vimos acima é uma afirmação: O SENHOR NÂO ABDICOU DO GARGO, portanto, qualquer que seja a tarefa que alguém desempenha na seara, é de servo. A instrução de Paulo aos coríntios acerca dos dons, ministérios e operações do Espírito santo na igreja revela esta realidade anti-hierárquica. 1CO 12:4 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. 1CO 12:5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.1CO 12:6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.1CO 12:7 - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. A analogia do corpo neste capítulo reforça a igualdade entre os crentes e combate a hierarquia de um membro sobre outro que forma um mesmo corpo. Este pensamento é usado em Colossenses para refutar a mesma idéia de hierarquia. CL 2:18 - Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, CL 2:19 - E não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Vemos outras recomendações de Paulo aos Gálatas GL 5:1 - ESTAI, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. Essa mesma recomendação é feita aos Coríntios (1CO 7:23 - Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens.) e indica que os Apóstolos compreendiam a doutrina da hierarquia do ponto de vista de MT 6:24 - Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Estabelecer uma liderança hierárquica, é criar um pontifício clerical mediador ante-cristão, que subjugará seus liderados e eles próprios ao escravismo do senhorio de mamom. Essa história já foi escrita, não vou escrever aqui novamente, só lembrar que ela é triste e não devemos repeti-la na prática. Finalmente uma liderança hierárquica como vemos em nossos dias, serve muito bem de esteio e subsidio ideológico para justificar a doutrina do dízimo. A doutrina do dízimo por fim é quem alimenta, dá sustentabilidade e estabelece a hierarquia. Tire o dízimo e a hierarquia não existirá mais. Quero encerrar este ponto deixando apenas estes versículos para meditação: EF 4:5 - Um só SENHOR, uma só fé, um só batismo; GL 3:26 - Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. GL 3:27 - Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. GL 3:28 - Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Substitui o nome de Jesus. O nome cultuado nas igrejas cristãs do século 21, quase que geral, sem dúvida alguma é o mamon na forma do dízimo. Quando ainda muito jovem, aprendi que a igreja de Cristo é um organismo vivo, morada do Espírito Santo sua força vital. Daqueles tempos para cá, muitas coisas mudaram, esta não é mais a visão que se têm, pelo menos na prática. A existência da igreja já há muito, não depende mais da regência do Espírito Santo, para muitos líderes o que não pode faltar é o dízimo dos fies, pois sem o dízimo ninguém recebe o Espírito, porque está em pecado de infidelidade e roubando do Senhor, afirmação lógica na prática. Essa substituição não é feita apenas do Espírito pelo dízimo, o próprio Jesus é também substituído pelo dízimo. Muitas vezes já ouvimos e lemos líderes afirmarem a doutrina do dízimo baseada nas passagens de (JL 1:4 - O que ficou da lagarta, o gafanhoto o comeu, e o que ficou do gafanhoto, a locusta o comeu, e o que ficou da locusta, o pulgão o comeu.) E ( JL 2:25 - E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército que enviei contra vós.) Juntam com (ML 3:11 - E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.) Depois de juntarem estes textos, afirmam os defensores do dízimo, que a única maneira de se repreender o devorador é dando o dízimo. Eles associam os insetos descritos nestes textos a demônios devoradores, causadores da pobreza, que só abandonam as pessoas mediante o pagamento do dízimo. Esta afirmação herética substitui o nome de Jesus adulterando a doutrina Cristã, pois Jesus ensina que os demônios deverão ser expulsos em seu nome. Compare com estes textos: MT 28:18 - E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. MC 16:16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. MC 16:17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; MC 16:18 - Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. AT 4:12 - E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. 1CO 3:11 - Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. 1TM 2:5 - Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.É lamentável que as coisas tenham tomado rumos tão estranhos, que tanta gente viva enganada por um conceito herético dissociado da verdade bíblica. A forma como foi substituída a palavra πτερνιεῖ (piternieí) pisoteará, da versão LXX Grega por roubará, é algo estranho em muitas de nossas bíblias, e, principalmente nas verções almeida que de forma viciada traduz πτερνιεῖ (piternieí) pisotear como se fosse Kl´eyh (klepsê) roubar. O termo pternie´´i (piternieí) pisotear, derivado de pterna (piterna) calcanhar, aparece na versão grega LXX em Gn 3.15 πτέρναν (pitérnan) calcanhar em Gn 26.25 πτέρνης (pitérnes) calcanhar no Sl 40.9 πτερνισμόν (piternismón) calcanhar e no texto grego do Novo Testamento Jo 13.18 pt´enan (pitérnan) calcanhar. Em todas essas passagens é usado uma figura de linguajem que aponta ação de um elemento inferior se opondo ao superior, então o sentido empregado em Malaquias deve ser traduzido seguindo esta mesma idéia; Alguém que “pisa” as leis que lhe foi imposta. Malaquias lança a seguinte indagação: εἰ πτερνιεῖ ἄνϑρωπος ϑεόν; διότι ὑμεῖς πτερνίζετέ με. καὶ ἐρεῖτε Ἐν τίνιAcaso pisoteará o homem a Deus? Pois vós pisoteastes me. e dissestes: -Em quê ἐπτερνίκαμέν σε; ὅτι τὰ ἐπιδέκατα καὶ αἱ ἀπαρχαὶ μεϑ᾽ ὑμῶν εἰσιν·pisoteamos Te? Em que os dízimos e as primícias convosco estão.Este texto mostra claramente que a nação de Israel violava as ordens de Deus e ainda alegavam inocência. Fica aqui O alerta de Deus aos que adulteram estes textos para apoiarem a doutrina do dízimo: Deus quer sua palavra como foi escrito, sem defeitos, sem adulterações. Um Evangelho adulterado gera uma comunhão adulterada e imunda, pois, o pão ásmo é a figura perfeita da comunhão, porém, quando fermentado é pura heresia, imundícia e profanação. ML 1:7 - Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível.Qualquer sacrifício oferecido que não preenche os critérios da palavra de Deus no propósito e no tempo não terá aceitação. O sacrifício de um animal cego, coxo, enfermo, simbolizaria um Cristo cego, coxo e enfermo, que geraria uma fé cega, um Cristianismo coxo e enfermo. Adulterar este texto desviando-o do seu propósito e do seu tempo (de Israel) para o tempo da igreja é construir um evangelho profano e inútil que não terá a aceitação do Senhor dos Exércitos. Confere: ML 1:8 - Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? Diz o SENHOR dos Exércitos.ML 1:9 - Agora, pois, eu suplico, peça a Deus, que ele seja misericordioso conosco; isto veio das vossas mãos; aceitará ele a vossa pessoa? Diz o SENHOR dos Exércitos.Substituir o sacrifício e o nome de Cristo pelo dízimo, é formar uma religião idólatra cujo lugar de culto será profano que merece ser fechado, pois, em tal lugar será inútil levar oferta, acender o fogo e prestar culto ao Deus Todo-poderoso. Se a substituição do elemento tipológico é rejeitada, com maior rigor será rejeitada a substituição do elemento que este tipifica. ML 1:10 - Quem há também entre vós que feche as portas por nada, e não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão. Substitui o valor do sangue de Jesus. A purificação dos pecados no sangue de Cristo é uma das verdades sobre a redenção mais fáceis de entender no Novo Testamento. Toda via a doutrina do dízimo uma vez estabelecida substitui este princípio doutrinário condicionando a vida de fidelidade da pessoa ao pagamento do dízimo. Porque mesmo consciente de que foi redimida no sangue de Cristo e recusar entregar o dízimo a pessoa estará em um estado de infidelidade diante de Deus segundo esta doutrina. Estará roubando, sujeita ao inferno. A bíblia nos ensina que a nossa redenção é adquirida pelo sangue de Cristo e não pelo dízimo. Confere: CL 1:14 - Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; EF 1:7 - Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, 1JO 1:7 - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. 1JO 2:1 - MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. 1JO 2:2 - E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.Essa substituição do sangue de Cristo pelo dízimo já vem sendo feita a muitos anos, de sorte que isso virou uma cultura, uma tradição de pai para filho. Muitos cresceram vendo os pais praticarem e ensinarem a doutrina do dízimo como prova de fidelidade e de quitação de dívida com Deus, porem por mais nobre que pareça ser os ensinos que recebemos por tradição de nossos pais eles nunca poderão superar o valor da palavra de Deus, nem do sangue de Cristo. Confere: 1PE 1:18 - Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, 1PE 1:19 - Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,Jesus ensina que água viva jorrará do interior daqueles que Nele crê como diz as escrituras e não segundo a tradição: (JO 7:38 - Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre). Apesar da sutileza usada nesse processo de substituição do sangue pelo dízimo, percebemos quão gritante e flagrante é esse pretensioso conceito de barganha da doutrina do dízimo. Afirmar que um cristão pelo fato de não entregar dez por cento do salário para os cofres de uma instituição isso o qualifica um infiel e ladrão, é também afirmar que o sangue do seu Cristo não é capaz de redimi-lo sem o auxílio destes dez por cento. Portanto, de nada adianta alguém que busca a salvação recorrer ao sacrifício de Cristo em busca da remição dos pecados no seu sangue; segundo a doutrina do dízimo a purificação só será consumada mediante a comprovada fidelidade do pagamento dos “sagrados dez por cento”. É um erro terrível e lamentável alguém pensar assim, pois todo o nosso esforço e trabalho na nova aliança produzirão no máximo sacrifício de louvor, nunca de expiação ou remição. Pois a expiação ou a remição só pode ser feita com sangue. ( O de Cristo). HB 9:22 - E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.Seja sabido por todos que receber em mãos este documento, que não somos isentos do cumprimento das leis terrenas (civis), porem, Cristo nos libertou da lei de Moisés, da circuncisão, do sábado e do dízimo.A respeito de tudo que aqui foi exposto, esperamos que a verdade seja sempre pautada na soberana vontade de Deus, e nunca em nossos interesses ou caprichos.Leia e divulgue.FRANCISCO NOGUEIRA DOS SANTOS. (ALCIDES)BRASÍLIA 22 /07/2006